FLOR DE CACTOS
Emaranhada por entre os espinhos
Tem em sua beleza, a fragilidade.
No solo seco ela é única bela!
Viva! Por todo rachado deserto de sonhos.
Vive pouco e perdida nem chega a ser notada
Nenhuma felicidade testemunha por perto.
Olhos famintos é o que ela assiste,
Vê gado magro, vê famintos perdidos, sozinhos.
Do sol nada poético, só o ardor.
Observando retirantes em íngremes caminhos.
Gente muito triste, triste e passando.
Sede, seca... Seca.
Ela triste flor...
Algo ainda lhe faz acreditar no amor.
Tropeços da sua alma, alucinações.
Chega então até essa triste simbólica
Flor de Cactos.
Uma mão apontando a fonte da felicidade,
banhando-a, transbordando poesia.
Arranca lembranças tristes da sua mente,
troca suas lágrimas por chuva de muita alegria!
Liduina do nascimento