Tuas Brechas
Ah, minha excelsa musa,
Que, afinal, abaixa a guarda,
Mostrando sem quaisquer receios,
Ao sentir o frisson latente nos seios
E, pressentindo o que te aguarda,
Te despes de tua saia e blusa...
Enlouquecida pelos arabescos
Que meus lábios e mãos incontidas
Desenham em teus pés, costas,
Nádegas e coxas, onde tu gostas,
Tateando pelos caminhos da vida,
Voluteando por cada de teus afrescos.
Faria de teu corpo minha escrivaninha
E nele me encravaria como uma flecha,
Na perfeição do côncavo e do convexo,
Sem saber se é poesia, amor ou sexo
O que nos une, ao penetrar em tuas brechas,
Irmanados no gozo de saber que és minha.
Teu suor e gosto calariam minhas palavras,
Contidas na garganta, impronunciadas,
Teu olor de fêmea impregnaria as poesias
Que, debalde, cantaria, tornadas dislexias,
Ao ver-te adormecida, nua, realizada,
Sentindo-te a máxima expressão de minha lavra.
Ah, minha excelsa musa,
Que, afinal, abaixa a guarda,
Mostrando sem quaisquer receios,
Ao sentir o frisson latente nos seios
E, pressentindo o que te aguarda,
Te despes de tua saia e blusa...
Enlouquecida pelos arabescos
Que meus lábios e mãos incontidas
Desenham em teus pés, costas,
Nádegas e coxas, onde tu gostas,
Tateando pelos caminhos da vida,
Voluteando por cada de teus afrescos.
Faria de teu corpo minha escrivaninha
E nele me encravaria como uma flecha,
Na perfeição do côncavo e do convexo,
Sem saber se é poesia, amor ou sexo
O que nos une, ao penetrar em tuas brechas,
Irmanados no gozo de saber que és minha.
Teu suor e gosto calariam minhas palavras,
Contidas na garganta, impronunciadas,
Teu olor de fêmea impregnaria as poesias
Que, debalde, cantaria, tornadas dislexias,
Ao ver-te adormecida, nua, realizada,
Sentindo-te a máxima expressão de minha lavra.