MORDÁVIA
E OS CANHÕES DE FRIAR
 
 
Dias fantasiados de noites
o sublime morre
no “anteparo da dobra”
onde a esquina do mundo
cai na várzea seca
nadam serpentes
víboras de toda espécie
entre as rochas
subindo por todos
os lados
ventos devoram
qualquer vestígio de vida
a fumaça que sobe
avança do lago
recai pela relva
desce pela selva em volta
da floresta dos monges
entre os casebres
das febres de seu juramento
hinos cantados
com o gosto fácil
do pavor de medo
pelo milagre que peçam
não acorda anjos
os anjos temem a discórdia
dos mundos
não desceriam a favor
dos fracos de fé
que fazem da castidade
sua inteira vontade
perversa muda
o aroma temperado
de vertigem
chega ao redor da cidadela
a cercania feita
entre os muros da entrada
pelos lords
ofende o perímetro
de tudo que avança
os cavaleiros da ordem
dos frades tem os elementos
do batismo de sangue
são castos por inteiro
espírito de guerra
não demonstra a fome
do dócil por ser sagrado
pétalas de rosas
vermelhas caem sobre o chão
sobem pelo tronco
das árvores até o topo
nascem frutas
onde não havia nada
os olhos dos pequenos serenos
de vida abrem-se de espanto
imóveis como olham
suas devoções aos santos
caem de joelhos
sobre o chão
que suave destila suas almas
de coração puro
os lords percebem o invólucro
da loucura caindo
pelo deserto escuro
debruçando sua face
no entrelace das obras
que ficaram pra traz
montam seus frísios
corcéis negros
empunham armas
fazendo gestos de ordem
nada se ouve dos cegos
que mortos por dentro
falam a mesma língua
frases avulsas nada temem
hipnose da beleza
que chama
fraqueza recaída
quem conclama tais forças
perguntam
vejo entre vós ovelhas
conduzidas p’ro calor
do santo vestido de mártir
vejo entre vós cervos
do olimpo que navega
na lama
zumbis da minha colheita
risadas estridentes
jogam espadas e adagas
nas pedras do rio seco
os lords avançam
sobre os portões
tentam deter a todos
que vem com a fome dos lobos
na alcova de vítimas
comer do veneno
ozirath e os sacerdotes
do meu templo
estão brotando no ceio
de vossos rebentos
quem deles é o penitente-oco
está guardando minha
estrela
afastem-se afastem-se
o céu de fogo torna-se
brando escuro
aurora de lua
reflete convexo
perplexo nos olhos dos lords
descem nuvens
descobre-se o horizonte
nada do que fala
se avista
tudo que inflama o norte
dos andarilhos
que selvagens
agarram-se nos galhos
querendo o fruto mais doce
tem outro sabor
quem não está entre vós
que partiu do ventre
ainda logo cedo
descobrirá tarde
depois de retirar-lhes
a venda...



MOLDAVIA
AND THE CANNONS OF FRIAR

Costumed days nights
the sublime dies
the "shield the fold"
where the corner of the world
falls in the dry floodplain
swim snakes
vipers of every kind
among the rocks
up by all
sides
devour winds
any trace of life
the smoke that rises
advances lake
lies the grass
descends through the jungle around
forest monks
among the shacks
the fevers of his oath
hymns
with easy taste
Fear of terror
the miracle they ask
do not wake angels
angels fear discord
Worlds
not come down in favor
the weak of faith
who make chastity
your entire will
perverse changes
spiced aroma
of vertigo
comes around the citadel
the proximity made
between the entrance walls
by lords
offends the perimeter
of all advances
the knights of the order
Friars have the elements
the baptism of blood
They are entirely chaste
spirit of war
does not show hunger
the docile to be sacred
rose petals
red fall to the ground
go up the trunk
the trees to the top
born fruit
where there was nothing
eyes small serene
of life open with wonder
real as they look
his devotions to the saints
fall to their knees
to the ground
mild to distill their souls
a pure heart
the lords realize the casing
the falling madness
the dark desert
leaning his face
interlace in the works
It was meant to
mount their Frisians
black steeds
wield weapons
gesturing order
nothing is heard of the blind
that inside dead
They speak the same language
loose phrases fear nothing
Beauty hypnosis
calling
relapse weakness
who calls such forces
ask
I see among you sheep
conducted p'ro heat
the holy martyr dress
I see among you deer
the Olympus sailing
in the mud
zombies of my harvest
raucous laughter
swords and daggers play
in the dry river stones
the lords advance
on the gates
attempting to hold all
that comes with the hungry wolves
the victims alcove
eating poison
ozirath and priests
my temple
They are sprouting in the bosom
of your sprouts
who of them is the penitent-hollow
You are guarding my
star

back it up stand back
the fiery sky becomes
soft dark
Moon lights
reflects convex
perplexed eyes of the lords
descend clouds
discovers the horizon
nothing that speaks
be seen
everything ignites the north
the wanderers
savages
cling to the branches
wanting the sweetest fruit
has another flavor
who is not among you
who left the womb
still early
discover later
after removing them
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