Espantos

Que atrevido foi Moisés ante o Faraó,

Arrostando um exército sem soldados;

Fazendo a “montanha” se curvar ao pó,

Que espantosos os relatos sagrados!!

Que insano foi Aarão no sopé do Sinai,

Deixando Deus ser escolhido no grito!

Enquanto Moisés ouvia Sua Lei do Pai,

O povo forjava o seu bezerro maldito!

Que paciência mui admirável teve Jó,

Não por sofrer perdas, sofrer os malas!

Que melhor fariam se o deixassem só,

Mas, quiseram atazanar com suas falas!

Que valente foi Cristo ante a morte, dor,

Sem culpa, vitimado pela alheia inveja!

Melhor, ainda perdoou ao vil executor,

A cereja na torta de Sua vitoriosa peleja!

Que mudança radical se operou em Saulo,

Quem esfolava, depois, ofereceu o couro!

Mudou mais que a letra depois que, Paulo

O “Toque de midas” faz d’uma pedra, ouro!

Que inveja, calma, passei no Bafômetro,

Prudência e bom siso, são dignos cetros!

Do hermano que esqueceu cem Kilômetros,

A amada; não te posso esquecer dez metros!