POESIAS

-Verdades ao Luar-

A noite se faz presente em minha vida

A lua empresta seu raríssimo brilho

Ilumina os campos, bosques e prados

As estrelas se entrelaçam formando laços

Também emprestam seus brilhos fulgurais

E a sintonia dos astros é tocada

Por olhos que cintilam de embaraço

Por tão bela noite de luar a vista

É momento de certezas e incertezas

Invadirem a mente copiosa

De sonhos vivos outros mortos

Embrenham-se pelas mentes pensantes

Que se atropelam em pensamentos dançantes

De esperança no dia que está por vir

É a esperança que vem fluir

Em nossos corpos e corações

É amor que quer surgir

E nele sentir as vibrações

Que ao raiar do dia iremos sentir

A vida começa na aurora

Por isso nem penso ir embora

Preciso pensar em verdes campos

Recheados de saborosas amoras

Que um dia eu vivi com os meus

Em tempos deveras outrora.

- Saudades-

Saudades que hoje bateu a minha porta

Saudades que hoje fez doer o meu coração

Lembranças que assolam a minha alma

Lembranças do tempo da canção.

Onde está ó trovador da saudade

Para entoar os meus versos poéticos

Cheios de saudade e vaidade

Dos tempos passados com sabores heroicos.

Onde estão meu pai e minha mãe?

Onde estão meus distintos irmãos?

Dos filhos já nem mais falo

Pois são as cordas do meu coração.

Nem que o meu coração se acelere

Nunca deixarei de sentir tantas saudades

Foram tempos de memórias

Foram tempos de histórias.

Nem que os meus olhos vertam-se lágrimas

Cansarei de recitar a minha dor

Nem que o meu coração se abale

Deixarei de compor a minha dor.

Em verdes campos da minha terra

Deixei saciar a minha saudade

Em tenros versos da minha alma

Deixarei gravada essa vontade.

Quero em mim renascer

Deixar essa lembrança viver

Mesmo que seja em forma de saudade

Já pois vivo sem maldade.

- Espaços Vazios-

No espaço vazio da minha vida

Lanço o olhar até onde minha visão alcança

Só não tenho a esperança

De ter a vida um dia resolvida.

Meus olhos alcançam distâncias

Que outros olhos não veem

Só quem vive a ignorância

Que as torturas lhe deem.

Fico reclusa no mundo abstrato

Não sei onde meus pés pisarão

Não sei nesta hora qual é o retrato

Que tem da minha visão.

Pensamentos inertes, mãos incertas

Dominam minha mente, suores intrínsecos

Frios arrepios, alegrias dispersas

Preenchem minha terra, pensamentos iníquos.

Tristezas invadem-me, tento poupar-me

As horas passam, dias vêm , constantes

Anos chegam, tempos vão, apertos no peito

Nada é para sempre, pelejas se repetem, do mesmo jeito.

Cansada me sinto, onde fica a solução?

O caos, a incerteza me faz incerta, triste vida, vazia

Malfadadas dúvidas, torna-me incauta, perene, perdida.

Autora: Margareth Rafael

margarethrafael
Enviado por margarethrafael em 17/01/2016
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