ÁRVORES EM  ALMA E VIDA
                                       Juliana Valis




Não pretendo subtrair das árvores em vida

 

Qualquer chama do que seja amor;

 

Pelo contrário, a fé que me impele ao sonho

 

É como uma folha sem estação ou dor,

 

Caindo, frágil, do que seja a alma,

 

E flutuando sem qualquer destino...

 

 

 

Tampouco ousaria dizer que rimo

 

Profundidade nesse louco dia

 

Com leviandade, em cada primo

 

Deste caríssimo verbo “amar”,

 

Como insônia a naufragar no tempo...

 

 

 

 

E, assim, cada réquiem de puro sentimento,

 

Transcendendo a estrada de qualquer futuro,

 

Depende não do presságio incômodo que afugento,

 

Mas do amor que, com calma, asseguro

 

Crescerá como árvore plantada, bem aqui, na alma.

 

 

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