OCASO
E agora a tarde pesa em cada adeus
A alçar seu breve vôo já sem destino
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
À boca horrenda e escura heróis e réus
São bem a mesma coisa, um prato fino.
E agora a tarde pesa em cada adeus.
O instante engrossa o cinza desses céus,
Surpresa alguma advém do que imagino
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
Se o acaso é causa simples para incréus,
O ocaso é o grande enigma dum menino
E agora a tarde pesa em cada adeus.
De enganos tantos, sei que alguns bem meus,
As horas vão compondo um desatino
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
E a dor perdura, crua, aqui, sem véus,
Senhora enfim privada até de tino
Se agora a tarde pesa em cada adeus
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
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E agora a tarde pesa em cada adeus
A alçar seu breve vôo já sem destino
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
À boca horrenda e escura heróis e réus
São bem a mesma coisa, um prato fino.
E agora a tarde pesa em cada adeus.
O instante engrossa o cinza desses céus,
Surpresa alguma advém do que imagino
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
Se o acaso é causa simples para incréus,
O ocaso é o grande enigma dum menino
E agora a tarde pesa em cada adeus.
De enganos tantos, sei que alguns bem meus,
As horas vão compondo um desatino
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
E a dor perdura, crua, aqui, sem véus,
Senhora enfim privada até de tino
Se agora a tarde pesa em cada adeus
E a morte traz o sonho em seus arpéus.
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