À PROCURA DE MIM

O romper da aurora em ondas matutinas,

O cantar dos pássaros e o cheiro da floresta

Penetram minha alma inquieta e peregrina.

Viaja incansável nas sombras noturnas,

Esconde-se pelos recantos, em surdina

E acorda desolada fingindo-se em festa.

Que mentira este viver de busca insólita,

Eu, em meu aprendizado, apenas uma neófita

Em seus primeiros passos de aventureira

pelas paragens desconhecidas da fantasia.

Mas, insistente, a minha alma bravia

Procura ansiosa o que sonhou

Ao despertar nesta manhã alvissareira.

Ah! Minha alma é inquieta e peregrina,

Percorre a noite e sonha em surdina

Viajando entre as sombras noturnas.

Percorre os recantos, sempre à procura

De si mesma. Ao romper da aurora,

Acorda cansada de sua busca diuturna!

Naget Cury, Dez. de 2015

Najet Cury
Enviado por Najet Cury em 17/01/2016
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