CHEIRO DE ERVA PISADA
Se é subir até aquela montanha
ao norte,
ou nem sair do lugar,
se é pôr os pés na estrada
e adeus, que me vou
pra não mais voltar...
Se nem bem as asas eu tenho
ainda as construo, e agora, recuo?
Mas vivi tantas vertigens ao
percorrer impossibilidades
cada vez mais desejadas...
E eu, princesa de um reino falido,
herdeira de uma sina maldita,
então galopei montanha acima,
só pra achar teu rastro na névoa densa.
Uma nova solidão se desenhava,
e só de aspirar seu cheiro de erva pisada
eu resplandecia em cores amanhecidas.
Solidão com caminho vislumbrado,
pelas marcas de tuas mãos, possibilidades...
Solidão na linha pontilhada, à espera do teu traço.
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