CHEIRO DE ERVA PISADA

Se é subir até aquela montanha

ao norte,

ou nem sair do lugar,

se é pôr os pés na estrada

e adeus, que me vou

pra não mais voltar...

Se nem bem as asas eu tenho

ainda as construo, e agora, recuo?

Mas vivi tantas vertigens ao

percorrer impossibilidades

cada vez mais desejadas...

E eu, princesa de um reino falido,

herdeira de uma sina maldita,

então galopei montanha acima,

só pra achar teu rastro na névoa densa.

Uma nova solidão se desenhava,

e só de aspirar seu cheiro de erva pisada

eu resplandecia em cores amanhecidas.

Solidão com caminho vislumbrado,

pelas marcas de tuas mãos, possibilidades...

Solidão na linha pontilhada, à espera do teu traço.

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tania orsi vargas
Enviado por tania orsi vargas em 04/07/2007
Reeditado em 11/03/2008
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