Dual

Bem mansinho ela chegou!

Conquistou não meu coração!

Sagaz! Enfeitiçou minha razão!

O velho navegante de tantas águas conhecedor

Sucumbiu ao seu canto!

Músicas são suas palavras!

Flores é seu olhar!

Doçura!

É o rosto da mulher!

Um tanto quanto encantado

Cavalheiro que fôra em vidas passadas

Ao encanto e feitiço se deixou conquistar!

Bela donzela, seu corpo ansiar!

Eis que surge o embate!

Céu e inferno em ebulição!

O amor disputado!

O vulcão adormecido despertado!

Se retrai a bela donzela!

Como um tzunami concentra forças!

Feitiço, encanto, luxúria...

A doçura de uma linda mulher!

O velho navegante, outrora valente cavalheiro, espera!

A razão conquistada e o coração dominado

Aguarda!

Ainda hoje, lá ao longe, sentado em uma pedra a meditar

Voando livre por céus desconhecidos

O cavalheiro solitário é visto com algo colado em seu coração!

Um lenço! Alguns dizem!

Um lenço azul, a amar!

Luiz Capelo
Enviado por Luiz Capelo em 16/01/2016
Reeditado em 12/03/2016
Código do texto: T5513312
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