EMIGRANTE
Com a saudade na alma
Deixei uma vida calma
Para me tornar emigrante
Viajei na incerteza
Para fugir à pobreza
Que se tornou constante
No foguetão da aventura
Em que a turbulência perdura
Fui em busca dum salário
Para com dignidade viver
Meu emprego de operário
A crise, é que o fez perder
Para trás deixei a vida
A vida, que foi, construída
Com determinação e suor
Para a solidão enfrentar
No desespero, da minha dor
Dos meus amores deixar
A família, que formei
Com amor e afeição
E a que ao nascer ganhei
O País, que foi meu berço
Onde para viver, só peço
Me deixem, ganhar o pão