MORDÁVIA
E OS CANHÕES DE FRIAR
 
 
 
A peste não vem com sobras
da sorte que avisa
o pecador sobre
as sombras deixadas para traz
a paz não escolhe ventos
perfumados
de campos vazios
ela luta no profundo
onde o mundo ainda
está vivo
sem resquícios
sem indícios
sem o inicio de tudo desejado
sem o alimento fraco
que precisa do materno
antes dos “espinhos”
recalque de sonhos
do porvir
que nascem da vontade
de ser eterno
serem tirados do caminho
os lords do crepúsculo
dão ordens a todos
pintem cada um suas casas
com as cores da vergonha
a mesma que está sobre
tudo que morreu dentro
e agoniza de pavor
agora
a casa coberta dos estúpidos
muros que acobertam
o que não era pra ser fuga
tem “flores mortas”
que vivas desabrocham
no que ficou esquecido
falido de crença
minha repulsa desta ofensa
será vossa missão
deixa-la sobre o horizonte
de sol
antes de ozirath vir sacrificar
quem descobriu sua tumba
quem cobriu de volúpia
quem andava nua
sobre nossa terra
as espadas de postergar
estão afiadas sobre
nossas mãos
 os corações impuros
pedindo perdão
deverão descer ao submundo
verão de perto
o inferno colhido
que vive por alento
do que foi prometido
e deveria permanecer eterno
a era dos séculos do inaudito
não foi escrito
para virar fantasia perpétua
depois de vivo
todo lugar sagrado
quem por fé continua
saberá andar até o novo dia
traremos o rito
dos espíritos de hora-cega
o novo redentor precisa
das “portas abertas”
do que janelas perdidas
o monge
acorda sobre o manto
vertendo sangue
o caos dos olhos
vê cores demais sobre o lago
este sangue não
pertence a mim
não estou ferido
onde está
o que foi feito
de quem estava aqui comigo
estou sozinho
gritam nos surdos ecos
que recuam de volta
o alto da colina
verte brumas de agua fina
a corredeira do rio
está secando rápido
aquela que ninguém viu
está próxima
pelo perfume dos lírios
sobre sua toga
seus lábios sentem o gosto
de todo calor que vem ácido
pela alma que procura
o que não conjura
apenas procura
pelo dever de culpa
avista de longe perto das pedras
as roupas do beato sem corpo
um espelho se forma
no centro do lago
olha o que vem desejando
por traz de suas costas
bela como as rosas
sobre o encanto da lua
rubra de olhos
cubra-me com teus desejos
no intimo que aguarda
o nascimento do homem
sem máscara...
 
MOLDAVIA
AND CANNONS OF FRIAR


The plague does not come with leftovers
lucky that warns
the sinner on
the shadows left brings
Peace does not choose winds
perfumed
of empty fields
she struggles in the deep
where the world still
is alive
no remnants
without evidence
without the beginning of all desired
without the weak food
you need breast
before the "spines"
repression of dreams
the future
born of the will
to be eternal
They are taken out of the way
the lords of twilight
They give orders to all
to paint each of their homes
with the colors of shame
the same as that on
all died within
and dying of fright
now
the house covered of stupid
walls that cover up
which was not to be leaked
It has "dead flowers"
that alive bloom
in what became forgotten
bankrupt belief
my revulsion of this offense
It will be your mission
leave it on the horizon
of Sun
ozirath come before sacrifice
who discovered his tomb
who covered the voluptuousness
who walked naked
on our land
the swords of delay
They are keen on
our hands impure hearts
asking forgiveness
should descend to the underworld
near summer
the harvested hell
who lives by breath
of what was promised
and should remain eternal
the age of the ages of the unheard
It was not written
to turn life fantasy
after living
all sacred place
who by faith continues
You know walk to the new day
We will bring the rite
the hour-blind spirits
the new redeemer need
the "open door"
than lost windows
the monk
wakes up on the mantle
pouring blood
the eyes of chaos
see too many colors on the lake
This blood did not
belongs to me
I'm not injured
Where is it
This was done
who was here with me
I'm alone
scream echoes the deaf
retreating back
the hill
sheds fine water mists
the rapids of the river
It is drying up fast
one that nobody saw
It is next
the scent of lilies
on his toga
your lips feel the taste
around heat coming acid
the seeking soul
which does not cast
just looking
the duty of guilt
sees from afar near the rocks
the Blessed's clothes without a body
a mirror forms
in the center of the lake
look what comes wishing
behind his back
beautiful as the roses
on the charm of the moon
rubra eyes
cover me with your wishes
in intimate awaiting
the birth of man
without mask...