Insônia

Tenho sono, mas não durmo

Tenho mente que decola

Tenho dores tão presentes

que em teus braços me enrolam

Como todo ser noturno

vaga dentro de mim mesma

um presságio tão soturno

que do vácuo em mim lampejam

os momentos tão diurnos

que um dia talvez veja

mas enquanto está escuro

solidão vem e me beija

E os desejos obscuros

se debatem e se encerram

na fachada do meu mundo

Dentro as vozes se libertam

E enquanto eu não durmo

minha mente sofre e sente

pelo que não está presente

sou meu próprio poluente

V Araújo
Enviado por V Araújo em 15/01/2016
Código do texto: T5511518
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