nenhum sinal
sinal nenhum
só o gosto amargo
do poema sem sal
insosso dói
no osso
verso que não
mais ouço
torço
sempre pouco
até dar no imo
no meio
do treco
no primeiro
gosto
deixo
coço
rimo
verso sem sal
com o que há
no mundo de mal
com o que já
virou banal
rimo
coço
deixo
caído no fosso
na fossa
na troca
do som
do tom
tudo que toca
no silêncio
no futuro sufoca