Minhas letras silentes
Eu embalo com a alma.
Bastam-me olhos.
 
E chora a menina no piano,
Dedilhando sua infância
Em acordes de abril.
 
O tempo calibrando as horas
Atrasa o meu coração.
Digo não às palavras
Que me negam ilusão.
 
É no destino que guardo os sonhos,
Como a lata de moedas de um menino.
Um dia poderei contá-los.
 
Canto o mistério
Que a menina tocou.
 
Deus me tirou a vida,
Mas eu não morri.
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 13/01/2016
Código do texto: T5510172
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