Avesso!
Avesso!
Mergulho!
No encontro da luz com a escuridão,
um nó retém meu medo, claustrofóbico
arrumo as malas para um longo partir...
deste modo,
anulo as teorias de que, a luz ali, se expande!
Não dá para ficar sozinha neste oceano do todo,
do nada, das esquinas dos corais cortantes...
em que os peixes pequenos assumem a voracidade
fortuita, jogam suas presas em nacos de carne
flutuantes, resvalando nas dores do passado!
Tenho medo de me ver no avesso!
Tenho medo de ser eu mesma!
Tenho medo de não gostar mais de mim!
Tenho medo de encontrar a escuridão,
dos famintos, dos insensatos, dos suicidas,
eu, tenho medo de não gostar do avesso!