Passeio imutável

Quando toco com leveza as minhas mãos frementes

Impuras por natureza em teu corpo morno e lascivo.

Corre-me pelo corpo abstrações suaves de afeições.

E, as minhas mãos inquietas em deslizes constantes

Afagam as belas taças alvas emborcadas em teu corpo

Cálido e sensual, arrebatados em devaneios aquecidos.

Sorvo taças do néctar licoroso que me alimenta a alma

Que viaja pelo céu afável do teu corpo tépido e carnal

Nesse passeio imutável sinto-me perdido entre as odes

Místicas de amor e de sexo, que sobre nadam em frações.

Quando recua o meu sentir dos momentos deslumbrantes

Sinto-me eroticamente realizado pelos viveiros ejaculados.

Depois dos momentos findo, fito teu semblante exausto.

Beijo-te a tez e num meigo murmúrio, chamo-te meu amor!

E as minhas mãos com levezas inquietas por natureza

Voltam, as caricias constantes, recomeçando todo o ritual.