IMPERMEÁVEL
IMPERMEÁVEL
Chove
Ainda bem
Tudo está tão cinza
E azul em excesso cansa
Mirra, aliena, seca
E somos água
Verdade que vermelha
E que anda se espalhando
Mesmo na seca
Não mais coagula-se
Escorre pelo negro chão
Impermeabilizado pelos homens
Sem alma sem coração
E molha mãos
Com papéis sujos de lavagens
Sem água a seco
E o azul aparece para poucos
Os demais são apenas loucos
Que insistem em respirar
A secura do pó que se espalha
E espelha
O fracasso da raça