No consultório do Dr. Rui
De volta ao seu mundo real... Sentada, só um pouco mais distante de mais cinco pessoas, no consultório, ela aguardava a sua vez, no cardiologista. Era inevitável naquele ambiente pequeno e fechado, onde deveria prevalecer um silêncio, não reparar o mundo ao seu redor, parecia que estava na sala das queixas, era impressionante.
Aquelas primeiras duas senhoras que acabavam de entrar, juntaram-se à outra, falavam em alto tom, sobre assuntos diversos, nenhum interessante. Iam percorrendo do preço da batata, sobre os planos de saúde, da pouca vergonha disso, daquilo, da incompetência das suas secretárias dos... Dos... Nem seus maridos escaparam de suas línguas ferinas. A terceira mulher, coitada, só acenava confirmando os seus sim ou não nãos, de vez em quando ela tentava falar sobre o seu problema com o coração, todas as tentativas em vão, só elas duas podiam falar. Que coisa mais irritante.
Os minutos me consumiam e a atendente não me chamava. As conversas daquelas senhoras, sem ter uma trégua que fosse, foram me causando enjoo, fui tentando mudar os meus sentidos e voltei à leitura, mas também não conseguia me concentrar. Quase desisti de esperar. Não podia, eu precisava do meu diagnóstico.
Foi quando comecei a pensar nele. Isso sim me acalmava. _ Onde será que ele está a essa hora? Quanta saudade dele, de suas falas, suas brincadeiras, tudo dele me fazia tanta falta! Lembrei da primeira vez que tudo havia se acabado entre nós, foram os piores dias meus, cá estou eu novamente pela segunda vez sem você meu amor, lágrimas começaram a descer e eu tive que me afastar pois os gansos estavam bem ali, loucos por assunto. Afastei-me... Pensei no que o Dr. Rui, iria dizer sobre o meu pobre coração, com certeza ele não iria fazê-lo parar de pulsar tão intenso assim em meio a tanta saudade sua. O médico com certeza iria dizer; - Isso é amor. (pensei).
Coloque-se sempre no lugar do outro.
Elas tão insatisfeitas com suas vidas, falavam sem parar, tive dó dos seus maridos. Eu acuada nem conseguia respirar de tão sufoco. Repensei em comportamentos, às vezes de outras formas também sufocamos o outro sem tomarmos consciência.
Liduina do Nascimento
Aquelas primeiras duas senhoras que acabavam de entrar, juntaram-se à outra, falavam em alto tom, sobre assuntos diversos, nenhum interessante. Iam percorrendo do preço da batata, sobre os planos de saúde, da pouca vergonha disso, daquilo, da incompetência das suas secretárias dos... Dos... Nem seus maridos escaparam de suas línguas ferinas. A terceira mulher, coitada, só acenava confirmando os seus sim ou não nãos, de vez em quando ela tentava falar sobre o seu problema com o coração, todas as tentativas em vão, só elas duas podiam falar. Que coisa mais irritante.
Os minutos me consumiam e a atendente não me chamava. As conversas daquelas senhoras, sem ter uma trégua que fosse, foram me causando enjoo, fui tentando mudar os meus sentidos e voltei à leitura, mas também não conseguia me concentrar. Quase desisti de esperar. Não podia, eu precisava do meu diagnóstico.
Foi quando comecei a pensar nele. Isso sim me acalmava. _ Onde será que ele está a essa hora? Quanta saudade dele, de suas falas, suas brincadeiras, tudo dele me fazia tanta falta! Lembrei da primeira vez que tudo havia se acabado entre nós, foram os piores dias meus, cá estou eu novamente pela segunda vez sem você meu amor, lágrimas começaram a descer e eu tive que me afastar pois os gansos estavam bem ali, loucos por assunto. Afastei-me... Pensei no que o Dr. Rui, iria dizer sobre o meu pobre coração, com certeza ele não iria fazê-lo parar de pulsar tão intenso assim em meio a tanta saudade sua. O médico com certeza iria dizer; - Isso é amor. (pensei).
Coloque-se sempre no lugar do outro.
Elas tão insatisfeitas com suas vidas, falavam sem parar, tive dó dos seus maridos. Eu acuada nem conseguia respirar de tão sufoco. Repensei em comportamentos, às vezes de outras formas também sufocamos o outro sem tomarmos consciência.
Liduina do Nascimento