MORDÁVIA
E OS CANHÕES DE FRIAR
A epistola foi benigna
martíria de santos passados
adoramos a morte
com cruz de ouro
sobre a cabeça
do grande redentor
ela derrama sobre nós
toda culpa
que culpa temos agora
que buscar
ela pecou pelos olhos
que nossos olhos
tenham visto
tamanha visão de anjos
sobre a terra
quantos em terra
deixaram ossos amargos
que vertem ferrões
sobre nossos pés
eles sentem o pavor
do inferno desejando
quando inferno deseja
almeja chegar ao alto
gritar ao deus sádico
sou afilhado das pilhérias tuas
criaturas benzidas
nestas águas impuras
querem dormir no eterno
quem és tu redentor
quem és tu senhor que pasta
a vontade das crianças
numa cerca de arames
fantasmas
ecos dobram espinhas
perto das margens
tragam velas e cordões de fogo
queimaremos os restos
mortais ainda pela noite
serão matinas vertidas de sangue
e açoite
tardaremos acordar o dia
na manhã
que manhã desça absolvida
estranhas pegadas
feito mãos a caminho
da montanha
estranhas raízes florescem
como arvores suspensas
olhando pra baixo
“vagam olhos de lâmina
na profundeza do lago”
onde está o monge fanho
onde está o trago de sangue
pra benzer o velório
imploram aos ventos
caindo dos céus
entre folhas e aguas
feito véu de uma noiva
morta ainda virgem
no reduto retirado da descida
na gruta pequena
ele comia vermes dos sulcos
da terra e sorria
voarei sobre toda floresta
sou o abutre-algoz de tudo
que resta
cai sobre desfiladeiro de pedras
pontiagudas
vem desejar o novo absurdo
comprado por moedas baratas
e morre
que será de nós
que foi feito para nós
quem será mesmo o algoz
quem nos trouxe até aqui
no recanto onde crescem as Fistulinas
rubras-hepáticas
parecendo pinturas numa
moldura fina desenhada
morre o desespero histérico
do monge fanho
as pegadas de mãos
de tamanho delicado
caminham de encontro
ao poço calado logo adiante
ainda brilhante
a lua é um sorriso falso
da agonia delirante
descobre sobre nuvens
como o diabo
de olhos fumegantes
“o engano pode ser a única
fuga que espera
quem venera sobre a túnica
da profecia secular”!
MOLDAVIA
AND FRIAR OF CANNONS
The epistle was benign
martíria of past saints
We love death
with gold cross
on the head
the great redeemer
she pours upon us
all guilt
guilt that we have now
to seek
she sinned by the eyes
our eyes
I have seen
such a vision of angels
on earth
how many onshore
left bitter bones
Shedding stings
on our feet
they feel the dread
Hell wishing
when hell want
aims to reach the top
cry to God sadistic
I am godson of your jokes
blessed creatures
these impure waters
They want to sleep in eternal
who are you redeeming
who are you sir grazing
the will of children
a fence wire
ghosts
echoes fold pimples
near the banks
bring candles and fire cords
We burn the remains
mortals still in the evening
Matins will shed blood
and scourge
We shall soon wake up the day
in the morning
that morning down acquitted
strange footprints
made hands on the way
from the mountain
strange roots flourish
as hanging trees
looking down
"Roam blade eyes
in the depths of the lake "
where the monk fanho
where is the drink of blood
to bless the wake
beg the winds
falling from the sky
between leaves and waters
made veil of a bride
still a virgin dead
the stronghold removed descent
in the small cave
he ate worms of the grooves
land and smile
I will fly over the whole forest
I am the vulture executioner all
What remains
falls on stones Gorge
sharp
comes to wish the new absurd
bought for cheap coins
and die
What will become of us
that was made for us
whom it will be the tormentor
who brought us here
in the alcove where they grow the Fistulinas
crimson-liver
appearing in paintings
thin bezel designed
Die hysterical desperation
the monk fanho
hands footprints
delicate size
go against
the well shut up ahead
still bright
the moon is a fake smile
the delirious agony
finds out about clouds
like the devil
smoldering eyes of "deception may be the only
escape waiting
who worships on the coat
the secular prophecy "!
E OS CANHÕES DE FRIAR
A epistola foi benigna
martíria de santos passados
adoramos a morte
com cruz de ouro
sobre a cabeça
do grande redentor
ela derrama sobre nós
toda culpa
que culpa temos agora
que buscar
ela pecou pelos olhos
que nossos olhos
tenham visto
tamanha visão de anjos
sobre a terra
quantos em terra
deixaram ossos amargos
que vertem ferrões
sobre nossos pés
eles sentem o pavor
do inferno desejando
quando inferno deseja
almeja chegar ao alto
gritar ao deus sádico
sou afilhado das pilhérias tuas
criaturas benzidas
nestas águas impuras
querem dormir no eterno
quem és tu redentor
quem és tu senhor que pasta
a vontade das crianças
numa cerca de arames
fantasmas
ecos dobram espinhas
perto das margens
tragam velas e cordões de fogo
queimaremos os restos
mortais ainda pela noite
serão matinas vertidas de sangue
e açoite
tardaremos acordar o dia
na manhã
que manhã desça absolvida
estranhas pegadas
feito mãos a caminho
da montanha
estranhas raízes florescem
como arvores suspensas
olhando pra baixo
“vagam olhos de lâmina
na profundeza do lago”
onde está o monge fanho
onde está o trago de sangue
pra benzer o velório
imploram aos ventos
caindo dos céus
entre folhas e aguas
feito véu de uma noiva
morta ainda virgem
no reduto retirado da descida
na gruta pequena
ele comia vermes dos sulcos
da terra e sorria
voarei sobre toda floresta
sou o abutre-algoz de tudo
que resta
cai sobre desfiladeiro de pedras
pontiagudas
vem desejar o novo absurdo
comprado por moedas baratas
e morre
que será de nós
que foi feito para nós
quem será mesmo o algoz
quem nos trouxe até aqui
no recanto onde crescem as Fistulinas
rubras-hepáticas
parecendo pinturas numa
moldura fina desenhada
morre o desespero histérico
do monge fanho
as pegadas de mãos
de tamanho delicado
caminham de encontro
ao poço calado logo adiante
ainda brilhante
a lua é um sorriso falso
da agonia delirante
descobre sobre nuvens
como o diabo
de olhos fumegantes
“o engano pode ser a única
fuga que espera
quem venera sobre a túnica
da profecia secular”!
MOLDAVIA
AND FRIAR OF CANNONS
The epistle was benign
martíria of past saints
We love death
with gold cross
on the head
the great redeemer
she pours upon us
all guilt
guilt that we have now
to seek
she sinned by the eyes
our eyes
I have seen
such a vision of angels
on earth
how many onshore
left bitter bones
Shedding stings
on our feet
they feel the dread
Hell wishing
when hell want
aims to reach the top
cry to God sadistic
I am godson of your jokes
blessed creatures
these impure waters
They want to sleep in eternal
who are you redeeming
who are you sir grazing
the will of children
a fence wire
ghosts
echoes fold pimples
near the banks
bring candles and fire cords
We burn the remains
mortals still in the evening
Matins will shed blood
and scourge
We shall soon wake up the day
in the morning
that morning down acquitted
strange footprints
made hands on the way
from the mountain
strange roots flourish
as hanging trees
looking down
"Roam blade eyes
in the depths of the lake "
where the monk fanho
where is the drink of blood
to bless the wake
beg the winds
falling from the sky
between leaves and waters
made veil of a bride
still a virgin dead
the stronghold removed descent
in the small cave
he ate worms of the grooves
land and smile
I will fly over the whole forest
I am the vulture executioner all
What remains
falls on stones Gorge
sharp
comes to wish the new absurd
bought for cheap coins
and die
What will become of us
that was made for us
whom it will be the tormentor
who brought us here
in the alcove where they grow the Fistulinas
crimson-liver
appearing in paintings
thin bezel designed
Die hysterical desperation
the monk fanho
hands footprints
delicate size
go against
the well shut up ahead
still bright
the moon is a fake smile
the delirious agony
finds out about clouds
like the devil
smoldering eyes of "deception may be the only
escape waiting
who worships on the coat
the secular prophecy "!