Existência
Viscosa, agarra-me a sensação
de que só caibo
nas gaiolas que me foram estabelecidas.
de que só caibo
nas gaiolas que me foram estabelecidas.
A agonia dos limites sufoca-me
e sinto que todo grito será inútil,
pois não se escuta os inexistentes.
Entre a sujidade do vidro da janela
vejo que os barcos estão parados na Enseada.
Seus destinos foram-lhes subtraídos.
Aguardam, talvez, o vento norte.
Talvez, um bafejo da sorte.
Bibiana chora a fuga dos sonhos
e um Sax perdido na noite
embala a sua sombra frágil.
Daqui, ouço suas lágrimas pesadas.
Invejo-a.
Deve ser bom, ainda sentir.
pois não se escuta os inexistentes.
Entre a sujidade do vidro da janela
vejo que os barcos estão parados na Enseada.
Seus destinos foram-lhes subtraídos.
Aguardam, talvez, o vento norte.
Talvez, um bafejo da sorte.
Bibiana chora a fuga dos sonhos
e um Sax perdido na noite
embala a sua sombra frágil.
Daqui, ouço suas lágrimas pesadas.
Invejo-a.
Deve ser bom, ainda sentir.
Produção e divulgação de Vera L. M. Teragosa