Não tenho sonhos,
Tenho objetivos.
Faço meu mundo
(enquanto vivo for)
Meu mundo é de terra,
Pedra, metal,
E amor...
Em meu mundo
(Sou homem)
No rótulo de nascimento
Havia os nomes
De meu pai e de minha mãe.
Um passo para o futuro
E os pés fincados do passado.
Hoje só tenho mãos  e cabeça,
E a mordaça que esconde minha voz.
Minha verdade esbarra no meio-fio.
Dentro dos vidros que não são meus olhos
Se repetem sempre os mesmos gestos.
Vivo distante de qualquer abrigo,
Meus braços são muito longos.
Faço meu mundo de lado,
Não quero olhar para frente.
O que vejo não faz parte
Do mundo que quero,
Assim espero este acabar
Para poder sonhar novamente.
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 10/01/2016
Código do texto: T5505925
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