Não me queiram como eu os quero,
Queiram-me como eu sou.
Não me queiram como eu os vejo,
Vejam-me como eu sou.
E como sou, vou vivendo,
Querendo-os, ou não,
Sem saber se me querem,
Ou não.
Como os sei, não os culpo,
Não me culpem pelo que sou.
Apenas os que me olham
Dentro do branco dos olhos
Podem dizer de mim
O que nem eu sei que sou.
Mas se os quero, 
Não me arrependo,
Pois são como foram criados,
Com nuances de diferenças.
Seus pensamentos, suas crenças,
Eu as aceito, sem medo.
Não tenho noção
De como seja as suas leis,
Eu as leio, não as compreendo,
Mas convivo com elas,
Como elas são.
Não tenho pudor configurado
Nos terminais do meu corpo,
Meu corpo foi rejeitado pelo amor,
Mas me amem como eu sou.
Sem predicado nenhum,
Algum senso de liberdade.
Na verdade, minha liberdade
Está nas mãos que me prendem à vida.
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 10/01/2016
Código do texto: T5505902
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