Deus salva os párias
E liberta os faunos.
De Suas mãos verte
O sangue do próprio filho.
 
Deus engole saliva de anjos
E ensina a morte aos enfermos,
Salvo os termos da herança.
 
Deus compra
Parte do céu
E um quinhão do inferno.
 
Grave destino se reserva aos homens
Que rezam em Seu nome.
 
As luzes morrem na escuridão.
 
Conquanto Seus olhos
Vertem lágrimas vermelhas,
As veias de Seus braços fervem.
 
Nas raias do domínio de Deus
Os pecados não são dos ateus,
São Seus, os pecados e pecadores.
 
E as dores deste mundo não tem fundo.
Enquanto nu, se julgam os reis,
“liberta quae sera tamen”,
Se tanto,
 
Damas inúteis cozem Seu manto.
 
 
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 09/01/2016
Código do texto: T5504819
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