Não sei quando chegarei ao meu destino,
O caminho é tão longo
E tantas portas estão abertas.
Os sonhos se apagam quando a gente desperta.
E tantos me convidam para entrar, tantos amigos desconhecidos...
Há nos meus olhos a incerteza da chegada,
Meus pés podem me levar ao nada.
Busco saber ao acaso onde as luzes se acenderão
Para acalmar o meu coração.
Tão distantes dos sonhos,
Meus impulsos impedem o desfecho,
As portas continuarão abertas
E eu ainda estarei caminhando.
Quando?
Por tantas estradas, mesmo perdido,
O canto dos pássaros me guia.
Não conheço os desertos da alma.
E na noite, sorvo estrelas.
O tempo, esse não misericordioso tempo,
Traz marcas diferentes em meu rosto.
Essa gente que se espalha nos lugares
Nunca mudou de ares para saber.
Se eu sigo,
É porque penso que consigo.
E dor que abraça o meu corpo
Não terá de mim o menor interesse.
Antes que novos dias amanheçam
Terei pensado novas ideias.
E esses velhos amigos desconhecidos
Poderão acenar quando eu estiver longe.
E longe, eu estarei ainda novo,
Largando lágrimas pelas estradas.
Não há ciência exata que calcule
O alcance dos meus pés,
Sequer a física me define,
Caminharei até que o mundo termine.
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 08/01/2016
Código do texto: T5504759
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