Toda flor é um poema
Numa plantinha mirrada
De folhas amortecidas
Onde o vento passa longe
Uma flor azul silvestre
Desperta as pequenas pétalas.
A terra que tem seu âmago
É seca e vaga de seio.
Ora se lhe esquece da alma,
Ora deixa-lhe a raiz
Afundar por mais destino.
E a flor que embora conheça
Como é duro existir
Prefere arrimar-se murcha,
Para nomear sentido
Ao espetáculo do dia,
Onde lhe fazem poemas!