SAUDADES E LEMBRANÇAS QUE ME DEFINHAM!

Seguro-me ao fio invisível da saudade,

mas confesso temer a horrenda queda!...

São lembranças nocivas ao meu coração!

São pedaços de minha vida retratados em forma de pranto!

Prendo-me ao encontro das recordações com as geleiras das mãos insistindo desenhar um verso!

Desencontro-me dentro de mim!...

Busco um anúncio.

Clamo um som,

o menor ruído que me chamasse para ver a luz do dia!... mas ouço apenas vozes da despedida!

Abro as asas para o salto...

mensuro tudo...

Crio o grito,

o apelo,

a leveza,

o som dos aflitos,

a voz dos desalmados para comungar

com você a minha dor!

Soltei minh'alma...

não sei o que fazer!...

Os fios não se soltam.

As saudades pesam atreladas às lembranças sofridas...

o chão se faz perto!

O abismo é, novamente, fato!

Sei não existir riso sem antes ter existido a dor,

mas por que a leveza é tão pesada nesta hora que me desprendo de você?

Respostas não hão!... foram todas prescritas pela solidão!

©Balsa Melo (Poeta da Solidão)

24.06.07

João Pessoa- PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 03/07/2007
Código do texto: T550378
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