Distante

Qual soberba que se extingue

eclipse dourado

das manhãs que já não voltam.

Qual Lua transparente

desejada intermitente

aos restos que se amontoam.

Saga viva que se atropela

pelos desejos do incomum

cela aberta do sentido

como pedindo ao destino

o imaginário do longe

num ser distante...

Nuno Godinho

6-1-2016