PROCURA INFINDA
PROCURA INFINDA
Procuro razões
E não as encontro
Encontro senões
Nas cenas que vivo
Mais que vivo
Sobrevivo
E sigo perseguindo
Na busca incessante
E nada encontro
Sou um afronto
De desrazões
A natureza me recebe
De braços abertos
E eu tão junto
Tão perto
Não consigo racionalmente abraça-la
E desfruta-la em plenitude
Pobre bípede desemplumado
Nada mais é
Que um celerado
Vivendo num ambiente
Que não é seu
É invasor
É mero predador
Das dádivas do senhor
Não há que procurar razões
Tampouco saídas
Pecar é seu destino
Destruir, sua fonte de vida
A tudo invade
Por “razões” desconhecidas
É morto em vida
Num azul tão lindo
E não sabe nada de nada
Apenas pensa que sabe
E ilude-se acreditando ser
Parte do criador