ABLEPSIA

ABLEPSIA

O desânimo se espalha

Todos no fio da navalha

A carne virou osso

A pobreza colosso

E nós a escrever poesia

Para espantar a ablepsia

Que nos impede

De enxergar o amanhã

Será coisa vã?

Ou fuga fugaz

Falta de gás?

Ou estamos em guerra

Sem prenúncio de paz

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 06/01/2016
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