O instante Secreto

Quem fotografou,

Aquele

Instante

que meu sorriso foi

Abrindo-se aos poucos

Rosa

Que desabrocha

Vagarosamente

Até a explosão do sorriso

Imenso

Formoso

Meigo

Quem fotografou

Gravou

Meus gestos,

Súplicas

Ajoelhado

Quando gritei:

JESUS

JESUS

O frêmito da alma

Veio a:

vertigem,

turva

muda

seca

imunda

Meus olhos tenebrosos

Duvidosos

temerosos

Onde está?

Cade os instantes

Que só

Eu sei,

vivi

vivi

Entranhados,engendrados

Em quais lugarejos,casas

Lagos,inóspitos olhares,

Recônditos?

Tudo isso,

É segredo

De mim

Para mim mesmo.

Feneceram,

Esgueiraram-se

Como todos os instantes

Solitários

Poemas que morrem

antes mesmo de virar

aurora,aurora,fim

Também são instantes eternos.

Eduardo Freire
Enviado por Eduardo Freire em 06/01/2016
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