Tua volta
A fria noite se reveza em prantos úmidos e mornos.
Em derredor a saudade acende a torcida da fogueira
Que aos poucos faz crepitarem as labaredas singelas
Deste vazio em que esta mergulhada a minha essência.
Em nuances as chamas entrecortadas em cores opacas
Desenham em formas geométricas, teu vulto que assola.
A madrugada que aparece aos poucos, anuncia o novo dia.
Que acorda dos sonhos que sonhava em sutis desalinhos frios
Fuligens quais mãos abertas se eleva à cúpula celeste cavada.
Uivam os ventos arrastando arvores bendizendo e enfeitando
O dia, que desponta em cárceres gradeados regozijando a festa.
Que os meus olhos aflitos e contritos fazem a tua esperada volta.