Meu caos
No meio do meu caos
Percebi que todos carregam os seus
Vi no meu caos meus mergulhos,
Minhas tentativas em acertar
Meus sintomas extremos
Oras dor, oras amor
E assim ia transitando entre os pólos
O caos meu de cada dia chegava ao limite
Meus cortes,minhas cicatrizes, meus medos obscuros
Fui seguindo com minha devassidão
Sem movimento,ouvia apenas os barulhos internos
No meu caos mergulhei libertinamente
Entre orgias,perversões infinitas
Fui me afundando
Decaí feito Lúcifer
Criei meu inferno
Profanei meus ícones
Degradei-me ferozmente com toda a ânsia desesperadora
E fui mergulhando nas águas negras do meu caos
Tão devassa,tão surtada, tão sangrenta
Tão cruel o meu caos
Tão profundo meu abismo
Delirava em minha natureza bestial
Já não sabia o que eu era
Meus olhos malignos miravam a escuridão
Nada meu era real,
Tudo estava fora da realidade
E em meio àquele caos eu me perdia
Me prendia em meus pesadelos
Terrível cipoal me prendia
E o meu caos se instaurava tocando o terror
Me isolei no meu caos e de lá nunca consegui sair
Foi o começo do resto da minha vida
E no meu caos me perdi para nunca mais me encontrar.