Desordem D'alma
O clima fúnebre deste apartamento
Faz de mim um escravo da solidão
Sobre a mesa a desordem d’ alma
Demonstra a imensa dor do meu olhar
Meu olhar, pairado no horizonte
Está a recordar momentos de pura emoção
Em silêncio as lágrimas percorrem meu rosto
E a fumaça do cigarro intensifica a desilusão
A madrugada é densa, custosa a terminar
Insiste a cada momento que devo um dia amar
E amar é algo complicadíssimo para tecer
O clima do apartamento triste
Faz-me ter uma intensa revista de mim
E sobre a desordem da mesa eu vejo você
Confesso olhar os cacos, metáforas do que sou
São pedaços de mim, retalhos do que fui e como estou
Cada lágrima que percorre meu rosto
É uma lição que tive que aprender na difícil missão de sobreviver
Cavaleiro das Desilusões
A madrugada é triste, não termina no fechar do meu olhar
E a vida nesta noite fria ainda insiste em me falar de amar
Passe oh noite fria, não quero contigo falar
O clima do meu olhar pairado no horizonte
Faz de mim um silêncio de recordação
Sobre a mesa dos desesperados
As cinzas do meu cigarro queimam o nosso retrato
O dia é denso, custoso a chegar
Insiste em enxugar as minhas lágrimas fúnebres ao levantar