População cega

População cega

Sombras crescentes, bruma viscosa

Obscurecem os olhos da população

Assombram com ímpeto e devoção

Propagando-se odienta e perniciosa

E cegos, crentes da pueril salvação

Das falas jocosas do cruel orador

Acreditam piamente no salvador

Aquele que os direciona a perdição

Lobotomizados, andam obscurecidos

Numa crença torpe e catatônica

Sem respostas, uma frase lacônica

Ao precipício são lentamente conduzidos

Triste povo que a inércia dominou

Triste terra feiticeira que jaz estagnada

Entre presas sanguinolentas devorada

Que imersa em mentiras... Quedou!

Clama agora os poucos sobreviventes

Que a luz transponha a bruma vil

Que o povo deixe de ser débil e servil

Afastando essa corja eternamente.

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 04/01/2016
Código do texto: T5500540
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