E C O


Ocorre-me o eco de quem fui
Cavando o meu lugar no tempo,
À margem de seu caro aplauso
E do seu Não preciso.

Aluno do desdém por ritos,
Estranha, esse que fui, deuses às doses
Quiméricas em volta.
 
Ah, como passa mal, esse ano!

Marulho nas águas que evito,
Ondas que me ofertam reflexos
Mudam meu perplexo semblante.

Nisso sei desse outro que sou –
Ter sido é perder, despedida
Sem data na agenda esquecida.





 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 01/01/2016
Reeditado em 01/01/2016
Código do texto: T5497038
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