Vodka

Vodka em copos de marfim

numa mesa com Rimbaud e Baudelaire

cantando sepultamentos antigos

dos poemas fúnebres de Poe

em uma noite sem sol nem estrelas

e corvos pululantes no meio fio

de sonhos cadavéricos antigos

em cemitérios ritualísticos e um café

para manter as pálpebras acesas

junto aos faróis coloridos assustadores

d’alguma nave alienígena sideral

que carregava salmos apócrifos do além

do tempo em que o conhecimento inda era real.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 31/12/2015
Código do texto: T5496514
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