Absinto

Dois dedos em um copo de cristal

dois copos na avenida sideral

eu e Bukowski num papo reto

sobre lápides de mármore frio

entre goles do sangue da fada verde

e cabeças rolaram na ladeira

entre automóveis e poluição

mental, subconscientes sórdidos

encravados na poesia antiga

e nas ressacas lúgubres do amanhã

que passou sem deixar vestígios

e falamos sobre o Pessoa;

e falamos sobre Castro Alves;

e falamos sobre deuses impiedosos

que decapitavam demônios e homens

com foices flamejantes e asco

mas, deixe a garrafa na mesa

pois, poetaremos até o infinito.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 31/12/2015
Código do texto: T5496508
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