Árvore

Se no teu canto habito,

Brilhosa e reluzente,

Infinito incandescente,

Em esferas de cristais.

Se a ti cintilo estrelas,

Entre meus galhos coloridos,

Verde plástico, tingido.

Vultuosas vestes ancestrais.

Se das lembranças sou abrigo,

Em meus pés venezianos,

À sombra dos auriverdes ramos,

Projetada pelos castiçais.

Mas ao calar dos sinos,

Após te dar tantos sorrisos,

No teu armário, o meu jazigo,

A esperar outros natais.