DESIRE IN MEMORIAN
 
 
Sereia entre as pedras macias
do quarto
fica sentida por não ter
as peles macias dela no espaço
traga essência de maçã verde
pingos secretam vazios
amargos de sede
relva de rede te esperam
depois de fumar centelhas
mastigadas
esperar por eles
adormece o empório dos tecidos
trazidos enfeites
pelas janelas fechadas
respirar o suor desejado
deixado de outra noite
revela que noite
quer mentir falsamente
fraque pendurado nas bordas
tem o gosto das uvas
amassadas ainda doces
meia fina rasgada
lembram logo acima
entre as portas escuras
tem alguém fugindo
quer pular fora do jogo
ir contra o fogo
deseja queimar-se inteiramente
outras aberturas
descem rios de aroma insano
o pano de fundo
foi arrancado
mãos que brilham de seiva
delicada
vieram buscar tua fuga
irão onde estiver chorando
pedindo ajuda
implorando  recados insatisfeitos
que se mostram atômicos
querendo explodir
há uma química que brinca
com a sina caída entre estes
mantos sagrados
há um quarto retrato de aparências
das essências jogadas
contra parede
contra o que vedes
entrando entre tuas pernas...