Sangue e Ossos

Sangue e Ossos

Alastram-se pela Terra pesadelos alados

Levando consigo o enxofre e o terror

O cheiro pútrido dos cadáveres empilhados

A cena comovente do pequeno sofredor

Demônios pilham as carcaças apodrecidas

Vestindo suas gargalhadas estridentes

Rasgando a garganta da órfã desfalecida

Mutilando seus membros entre seus dentes

A luz que outrora brilhava como esperança

Hoje reluz rubra pelo sangue derramado

Ossos adornados com vestes de crianças

É o consolo pelo intenso pranto derramado

Assim as trevas obscurecem a humanidade

Decerto da podridão que jaz em cada alma

Perpetuará assim eras de pura iniquidade

Manipulando eternamente cada vivalma

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 30/12/2015
Código do texto: T5495196
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