Sangue e Ossos
Sangue e Ossos
Alastram-se pela Terra pesadelos alados
Levando consigo o enxofre e o terror
O cheiro pútrido dos cadáveres empilhados
A cena comovente do pequeno sofredor
Demônios pilham as carcaças apodrecidas
Vestindo suas gargalhadas estridentes
Rasgando a garganta da órfã desfalecida
Mutilando seus membros entre seus dentes
A luz que outrora brilhava como esperança
Hoje reluz rubra pelo sangue derramado
Ossos adornados com vestes de crianças
É o consolo pelo intenso pranto derramado
Assim as trevas obscurecem a humanidade
Decerto da podridão que jaz em cada alma
Perpetuará assim eras de pura iniquidade
Manipulando eternamente cada vivalma
Eduardo Benetti