Minha Mitologia
Me ofereceu esse fruto proibido
Deitei minha cara dura
Ralei minha barba sob essa pele macia
Como casca de maçã
Virou a Deusa da minha mitologia
Me Hipnotizou e fiz o que ela queria
É capaz de enganar qualquer um
Cabelos longos sob os quais me agarrei
Ao pouco que me resta de esperança
Logo desfez as suas tranças
Me fez de bobo, igual uma criança
Me queimei no calor de um sentimento equivocado
Sofri os tormentos e as punições por ter amado
O tempo passou e tentei superar
Continuei sofrendo embora muito pouco
Pagando pelos meus meio-pecados
Mas ainda não chegamos á terceira parte dessa comédia
Ou tudo terminará mal, como em uma tragédia?
Mas fui corajoso, apesar do pavor, segui em frente
Quero morrer afogado
Nos seus beijos molhados
Recompensa de Iemanjá
Para os marinheiros bravos
Que não tem medo de morrer ao mar