EU E A JANELA
Todas as manhãs
me vejo enfrente a janela,
sinto a brisa no rosto
e o calor que atravessa por ela...
Sinto o aroma vindo das flores
que teimam em embelezar os campos,
e que servem de aconchego
dando abrigo aos pirilampos...
Todas as manhãs .
me vejo enfrente a janela
sinto o cheiro do orvalho
que a noite rega a terra.
Cheirinho de terra molhada,
entranha-se em minhas narinas
me fazendo voltar ao passado
em passos de bailarina...
Como é bom estar ali...
sorrir, sentir, deixar o pensamento fluir.
Todas as manhãs
me vejo enfrente a janela,
deslumbro-me com tanta beleza
e os mistérios que ela a mim, revela.
SONIA BRUM