As moças do cais
Os pescadores vêm e vão
Os comerciantes lá estão
Quem ver diz ser demais
Mas querem as moças do cais.
O mar tão pouco é visto
As águas já nem se notam
As moças aqui são belas
Os homens choram por elas.
As moças correm alegres
Na beira do cais aberto
Os olhos se fazem neutros
Quando os homens estão por perto.
Elas dizem não perceberem
Mas sorriem quando chamadas
O disfarce está na fala
Elas olham e a boca cala.
Sofrem de amor platônico
Os pescadores e comerciantes
Mas que culpa terá as moças
Se são tão apaixonantes.
Teresina, 28.11.15