LIÇÃO DE VIDA

Mesmo sem ter ganhado nada,

Sou dos que acreditam.

Minha vida, que pouco valha,

Ainda sigo com minhas botinas.

Corro campos, corro cidades,

Acendo as luzes das lamparinas,

Reconheço algumas retinas

Que me olham com desdém.

Não sei a quem devo agradar.

O soluçar da noite é triste,

Tão triste quanto quem se vai

E nos deixa sem sentir saudade.

Em meu acervo de pensamentos

Os pontos cegos não se definem.

As pessoas distinguem as outras

Pelas frações do bem e do mal.

Sendo eu, um sujeito normal,

Não sou aceito nos padrões exigidos.

Devo ter corrompido tradições.

Mas não tenho vergonha,

Na vida, o que se ganha

É o que se aprende.

Quão longe seja o destino,

O quanto espero de todos,

O quanto esperam de mim,

Nada mudará o resultado

Desta equação sem fim.

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 28/12/2015
Código do texto: T5493635
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