Marquise.

Cai a chuva,
inesperada.

Na marquise do velho prédio
encontrei abrigo,
para passar o tempo
enquanto o vento faz molhar meus pés,
aguardo o temporal, 
pensando na vida.

A chuva é de vento.

Enquanto a poucos instantes
ardia o sol,
escureceu...

Viajo ao pensar na existência em contrastes,
como o próprio clima.

Faço retrospectiva da estória
revendo personagens,
que como o sol,
também se foram...

Certeza existe
que o sol tornará a brilhar,
mas a lacuna persiste 
pois  pessoas não irão mais voltar...

Abrandou a chuva,
após secar o rosto,
parto em busca de escrever outros capítulos...