LUGAR QUE NÃO É...
LUGAR QUE NÃO É...
As escolas ocupadas (sem aula)
Os hospitais desocupados (doentes)
As prisões lotadas (ruas vazias)
O esgoto sem tratamento
A merda bóia
Na superfície plana e plena
Da superficialidade
Na imagem instantânea
O flagrante certo vira incerto
Não é bem assim
Não sei não vi
O conhecimento dá trabalho
O mosquito é o vilão
O aedes é sapiens
O homo é insipiente
E como mente
Engana-se como ninguém
Vota “tão bem”
Adora o governo
Detesta o político
Segue sendo manobrado
Pobre coitado
Uma oficial esmola
Um vazio na cachola
Um cel na mão
Sem céu
Uma desilusão
Navegando na ignorância
Na sem substância
Morre na maca no chão
De bala perdida
De picada de mosquito
De batida na estrada
De preconceito
De falta de conceito
No caminho da desvida
Apenas um final infeliz
Ao gritar gol
Da Alemanha
E tome cerveja
Carnaval e corpo
Só superfície
Entra ano sai ano
Entra pelo cano
E também bóia
“Nas tramóia”
Das direita e
Das esquerda
Das "zelite"
Sem limite
Um convite
Em frente marche
Para o abismo
E para o nada