"Oaigiler"
Do ser, um corpo...
Um templo...
Um momento, um louco e um curto tempo...
Um homem, um coração não dissolúvel ...
Mas d'uma mente compadecente
Um mundo imundo...
Insanas crenças...
Uma estrada, vários credos dissolutos
Mas eis aí, os trinta anos...
E os milenares d'tantos...
Face pálida, amedrontada por tais facetas...
Consciência calibrada...
Pernas fortes, porém cansadas...
Pés que não se lembram do tranquilo caminhar...
Coração que se desprendeu ao pulsar...
E a fronte, inimaginável fronteira entre o céu e o inferno...
Longa estrada, fraca estrutura! Intratável sepultura!
Na qual não se enxerga o fim...
Mas sim os imorais, os morais, sendo todos imortais...
Em suas frondosas árvores, suas moradas...
Mas ele caminha...
E a neblina fria teus pés lhe toca...
E a paz se definha...
Onde a onda da névoa densa e fantasmagórica abraça a matéria e engole o espírito...
E um verde musgo, vertente das trevas que se entranha no lodo...
E o lodo que se entranha desde as bordas da estrada às raízes das frondosas...
A possuir seus corpos e copas...
E das tais se multiplicavam incessantemente...
Abarrotando as bordas do caminho...
Como erva-de-passarinho...
À direita e sempre à esquerda!
Cada dita d'ar peculiar e santidade na incumbência da maldade...
Ali ele tenso e sem alívio...
Duvidoso, incrédulo nas curvas da prometida paz etérea...
Com os olhos erguidos, ele vê os que de suas ramas, galhos e braços fazem seu habitat...
Seu ninho e seu próprio escudo...
Teu negro e maldito mundo...
Jardim celeste...
Razão d'vida...
Motivo d'morte...
Danação e perpétua salvação...
Anjos d'candido semblante e negra alma...
Demônios santos e santos demônios...
Vê morte santa e também a santa morte...
São tribos...
São templos e colinas...
São florestas e encruzilhadas...
São fogueiras queimando vidas...
Levando a vida da terra e lavando a terra d'sangue por terra... Embriagados d'sangue, feitores do mal...
Espíritos corrompidos...
São rostos e corpos pintados para guerra...
Outros evoluídos com apenas seus tecidos tingidos...
Com agulhas, espadas, cordas, bombas ou suas palavras...
Outros ainda somente com uma falsa alma polida!
Mas muitos vindos de vidas passadas, à grunhir com suas armaduras, máscaras, caravanas e rubios cabelos...
Sedentos de sangue e poder!