O céu de chão

O céu de chão

Careado de constelações de fogo

Tecendo as formigas pelo cimento antigo

No ar tinha um tempo

Fumaça quebrantada

Brotava em ponteiros

¼ de hora, meio século

morrendo

Respirar era se espalha num vidro

Uma lâmina dupla inchava por dentro

Algo queimava

Cinzas anuladas

Começavam a formar

Uma memória de tumba

lacranacaradas

Isabela Coelho
Enviado por Isabela Coelho em 25/12/2015
Código do texto: T5491019
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