ALHEAMENTO
ALHEAMENTO
Os olhos já não enxergam
Mas visões a seguem
E somem
Como num passe de mágica
Cegando a lucidez
Que se finda
Mas existe ainda
Um pequeno sopro de vida
Vencida
Alheada do hoje
Perpetuada no ontem
Abandonada de amanhã
Resta olhar
De mãos atadas
A agrura do tempo
E pedir que o delírio
Seja um colírio
Aos olhares agora vagos
E que já foram afago
A muitos que brilharam
Com olhares seus